Mandado de prisão de Putin pelo TPI é 'chave em andamento', diz África do Sul
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Mandado de prisão de Putin pelo TPI é 'chave em andamento', diz África do Sul

Jun 09, 2023

O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa (L) cumprimenta o presidente russo Vladimir Putin durante a Cúpula Rússia-África de 2019 em Sochi, em 23 de outubro de 2019. Pretória, que tem laços estreitos com Moscou, enfrenta um dilema diplomático desde que o TPI emitiu um mandado de prisão contra Putin em março. FOTO | SERGEI CHIRIKOV | PISCINA VIA AFP)

A África do Sul disse na quarta-feira que um mandado de prisão internacional para o presidente russo, Vladimir Putin, por causa da guerra na Ucrânia, era uma "chave em andamento" antes da cúpula do BRICS em agosto no país.

Pretória, que tem laços estreitos com Moscovo, enfrenta um dilema diplomático desde que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra Putin em Março.

Putin deverá participar numa cimeira dos BRICS, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na África do Sul, em Agosto.

Mas espera-se que o país anfitrião, que é membro do TPI, faça a prisão se Putin pisar no país.

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"Espera-se que todos os chefes de Estado participem na cimeira. Mas agora temos um obstáculo em andamento na forma deste mandado do TPI", disse o porta-voz do presidente Cyril Ramaphosa, Vincent Magwenya, numa conferência de imprensa na quarta-feira.

“O que isso dita é que haja mais compromissos, em termos de como isso vai ser gerido e esses compromissos estão em curso. Uma vez concluídos, serão feitos os anúncios necessários”, acrescentou.

O mandado do TPI contra Putin decorre de acusações de que a Rússia deportou ilegalmente crianças ucranianas.

A potência continental da África do Sul recusou-se a condenar a invasão da Ucrânia, que isolou em grande parte Moscovo no cenário internacional, dizendo que quer permanecer neutro e prefere o diálogo para acabar com a guerra.

Realizou um controverso exercício militar conjunto no início deste ano com a Rússia e a China, que os críticos citam como prova de uma inclinação para o Kremlin.

Os laços da África do Sul com a Rússia remontam a décadas, quando o Kremlin apoiou o Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, na sua luta contra o apartheid.

O mandado do TPI tem sido a causa de tumulto político no país.

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O principal partido da oposição da África do Sul, a Aliança Democrática, apelou à prisão de Putin e ao TPI para pressionar o governo do país.

Mas os partidos de esquerda, incluindo o Partido Comunista Sul-Africano, que é um aliado próximo do governante Congresso Nacional Africano, instaram o governo a acolher o líder russo e a retirar-se do TPI.

Os chefes petrolíferos por detrás do projecto do gasoduto transfronteiriço consideraram as conclusões tendenciosas.

Na África Oriental, o comércio ilegal Quénia-Tanzânia resultou na perda de 70.000 hectares de florestas e na perda de 10 milhões de dólares em impostos.

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